sexta-feira, 1 de julho de 2011

02 - A AROEIRA BRAVA


Ao redor do escritório do viveiro do Vale do Paraíba existiam muitas árvores nativas e exóticas, dentre elas, uma aroeira-brava. Como suas folhas e casca possuíam um princípio ativo hipersensibilizante, que provocava reações alérgicas em muitos visitantes e funcionários, Fausco pediu ao Marcius Eustéquio e Barba para cortarem a árvore.
Os dois ficaram com pena, pois ela estava muito bonita, vistosa, toda florida. Mesmo assim, pegaram uma motosserra, derrubaram a árvore, retiraram todos os galhos e cortaram o tronco em pequenas toras. Já estavam quase terminando o serviço, quando Fausco chegou ao viveiro, olhou a cena e perguntou:
― Ô seus malucos, eu não acredito. O que vocês fizeram?
― Ué, cortamos a aroeira, como você pediu ― respondeu o Barba.
― Pessoal, a aroeira é aquela árvore lá do fundo. Vocês acabaram de cortar a quaresmeira plantada há alguns anos pelo presidente da empresa.
Depois disso, Marcius e Barba ganharam o livro “Árvores do Brasil”.

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