quinta-feira, 3 de novembro de 2011

147 - ESPIADINHA NA JANELA

Renato realizava uma visita técnica às fazendas do Sul de Minas e resolveu almoçar na cidade de Carrancas, famosa por suas cachoeiras. Estacionou o carro numa rua cheia de lojas e, enquanto caminhava em busca de um restaurante, quis aproveitar para conhecer um pouco do artesanato local.
Um dos estabelecimentos que mais chamou sua atenção estava fechado. Mas através da ampla janela de vidro era possível ver os belos enfeites pendurados por todo lado. As paredes estavam forradas de trabalhos coloridos e interessantes.
Como havia muito reflexo, e Renato queria ver melhor, ele encostou o rosto no vidro e, com a ajuda das mãos, ficou tentando impedir os efeitos dos raios de sol. Foi quando ouviu uma voz feminina:
― Olá, tudo bem? Pode entrar. A porta está só encostada.
Renato entrou no estabelecimento e ficou deslumbrado. Era uma sala muito ampla, com pé direito elevado, e havia mil enfeites espalhados por todos os lados. Reparando bem, no meio daquilo tudo havia também uma senhora, sentada num sofá, costurando uma blusa.
― Eu vi você espiando pela janela. Aceita um cafezinho?
― Não, obrigado. Só estava admirando seus enfeites.
― São muito bonitos, não é mesmo? Mas que bom que você chegou... Veio rápido. Não faz nem uma horinha que eu liguei...
Dizendo isso, a senhora levantou-se do sofá e foi caminhando para o interior da loja:
― Pode me acompanhar. Eu vou mostrar onde fica a fossa.
― Como assim? Fossa? Que fossa?
― Uai, você não é o funcionário da empresa Limpa Fossa?

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