quarta-feira, 27 de julho de 2011

100 - QUAL A ESTAÇÃO?



Carminha estava trabalhando no núcleo de educação ambiental, quando houve um problema com o seu computador. Não conseguindo solucionar o problema, ela telefonou para o serviço de ajuda. O atendente começou a fazer uma série de perguntas:
― Qual o seu nome completo?
― Carmem de Souza.
― Qual o seu DRT?
― O número é 85.677.
― Qual é a estação? (nota: estação é o número do computador).
Carminha, sem pestanejar, respondeu:
― Estamos no início da primavera.

99 - MENSAGEM DE TEXTO



O Julliano Frias passou a noite do ano novo de 2007 sozinho, pois sua esposa teve que fazer plantão em seu trabalho. Todo melancólico, ele enviou para a esposa, através de seu celular, uma mensagem de texto muito romântica exatamente à meia-noite. Porém, no momento de selecionar o destinatário, ele acabou se atrapalhando e o torpedo foi enviado ao Ariano de Capão Bonito. Ariano estava comemorando a chegada do ano novo em sua residência com seus familiares quando seu celular tocou, indicando o recebimento de uma mensagem do Julliano Frias. Ao ler, Ariano ficou pálido, completamente paralisado, quase desmaiou. Os parentes queriam levá-lo a um hospital, pois pensaram que estava tendo um ataque. Só então leram a mensagem que dizia o seguinte:
― Boa noite meu grande amor: hoje quero abrir meu coração para você, razão da minha existência. Estou sentindo tanto a sua falta. Estamos longe um do outro, mas sinto como se estivesse ao meu ladinho. Como diz uma música: “eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir. Ter você é meu desejo de viver”. Estou louco para te dar aquele beijo apaixonado. Eterno amor. Do seu Julliano.






98 - HARRY POTTER



No dia 19 de dezembro de 2006 foi realizado o lançamento da pedra fundamental da nova unidade de celulose em Três Lagoas. Vários profissionais da Unidade Florestal participaram do evento, dentre eles o José Lijima. Porém para as pessoas que procuraram pelo José neste dia em Jacareí, a Bel Nestevão respondeu o seguinte:
― O José Lijima não se encontra na unidade hoje. Ele está em Três Lagoas participando do lançamento da “pedra filosofal”.



97 - ELEVADOR



O Julliano Frias foi, certa vez, até São Paulo conhecer o banco onde seu irmão trabalhava. Chegando ao local, prédio maravilhoso, moderníssimo, high-tech, Julliano foi logo procurando o elevador para levá-lo ao andar do seu irmão. Para começar, havia elevador para andar ímpar, elevador para andar par etc. Ao entrar no elevador, verificou que não existiam botões. Nisso, a porta do elevador se fechou. Olhou para todas as paredes, teto, piso e nada de botões.  Julliano pensou:
― Não é possível...Eu devo estar participando da pegadinha do Faustão.
De repente a porta se abriu. O elevador não havia saído do lugar. Julliano foi tentar pedir ajuda para alguém, mas a porta se fechou novamente. E Julliano continuava lá dentro.
Passaram-se cerca de 10 minutos nesse abre e fecha porta até que uma senhora entrou no elevador, olhou para a Julliano com um sorriso irônico e disse em alta voz:
― Nono andar.
A porta se fechou e o elevador começou a subir. O acionamento do elevador era por comando de voz. Julliano foi com ela até o 9º andar, esperou a senhora sair, olhou para os lados bem desconfiado e disse, com sua costumeira educação:
― Por obséquio: o senhor poderia me levar até o quinto andar?





96 - SÃO FRANCISCO



Em 2006 Barba teve sua Saveiro substituída por uma Montana, porém o novo carro não possuía proteção da carroceria. Então Barba resolveu enviar o seguinte e-mail para o José Pasquin:

Bom dia José Pasquin!!!
― Olha, eu estou tendo bastante dificuldade para transportar os materiais de necessidade do dia-a-dia na carroceria da Montana em função da mesma não ter um “São Francisco”. Sem ele não é possível transportar a maioria dos materiais, tanto pela proteção a danos na pintura do veículo como para amarrar com cordas. Peço, por gentileza, que providencie o mais rápido possível um “São Francisco” para proteger o meu carro.

O José Pasquin respondeu o seguinte:
― Caro Barba: estou na dúvida se você quis dizer Santo Antonio para instalar na carroceria da Montana ou se você quer uma imagem de São Francisco para proteger o carro. Neste segundo caso, não seria melhor uma imagem de São Cristóvão?




95 - SÓ VIM A PASSEIO



Fausco e sua esposa vieram de Pelotas para um passeio em São Paulo. Pequeno detalhe: a viagem ocorreu justamente no dia da parada do orgulho gay. Pegaram um táxi para ir do aeroporto até o hotel. No caminho o taxista perguntou:
― Vocês falam engraçado. De onde vocês são?
― De Pelotas - respondeu o Fausco.
― Hummmm...
― Hummmm o que? ― continuou o Fausco.
― Então eu já sei para onde vocês querem ir. A parada já está começando.
― Que é isso rapaz? Eu vim a São Paulo a passeio.
― Todos dizem a mesma coisa.
― Mas eu sou casado. Não tá vendo a minha esposa aqui ao lado?
― Ué? Maquiadora agora mudou de nome?
E finalmente, deixando o Fausco e esposa no hotel (detalhe: o hotel ficava a apenas duas quadras do local da parada), o motorista finalizou:
― Parabéns. O pessoal de Pelotas deve estar muito orgulhoso de você.








94 - É CERCA PRÁ BURRO



Numa reunião de investimentos realizada através de vídeo-conferência, o Luis Ducki estava discutindo com o Eng. Almerão o alto investimento com construção e manutenção de cercas. Em certo momento da discussão o Luis Ducki, impressionado com a quantidade de cercas, disse:
― Mas Almerão.....É cerca pra burro!!!
E o Almerão respondeu:
― Exatamente Luisão. É cerca pra burro, vaca, cavalo, boi, carneiro...



93 - PALM O QUÊ?



Cláudio e Xaxau estavam visitando a fazenda da Banca para definir talhões para condução de brotação. No retorno à fábrica conversavam sobre as novidades nas áreas de informática, som e imagem quando o Xaxau soltou esta pérola:
― Olha Cláudio, o que eu mais queria mesmo é um “palme toque”.

92 - CAROLZINHA



O engenheiro Almerão estava em sua sala conversando com o engenheiro Valter Habib quando a Camilla e a Zazá chegaram na secretaria. Camilla ficou parada na porta da sala do Almerão e cumprimentou os dois. Almerão respondeu:
― Bom dia Carolzinha. Tudo bem?
― Carolzinha? Eu sou a Camilla.
Almerão, tentando reparar o seu engano, disse:
― Ué...e quem disse que eu estou falando com você?
― Mas seu Almerão: eu sou a única mulher aqui na sala. O senhor está falando com quem?
A Zazá, que ouvia a conversa da secretaria, entrou na conversa:
― Camilla: deixa pra lá. Vai saber como é que estes dois se tratam na intimidade...
Finalmente o engenheiro Valter Habib ficou em pé e completou:
― Almerão: agora você me complicou, meu filho. Olha só o meu tamanho: vai dizer que eu tenho cara de Carolzinha?



91 - Ô GARÇOM



Bonitolfo, Tião Neves e Luis Fantta estavam jantando numa churrascaria em Piracicaba. O estabelecimento estava “movimentadíssimo” e parecia que os garçons haviam desaparecido. Bonitolfo estava com muita sede e já há algum tempo procurava por um garçom para pedir um refrigerante. Finalmente surgiu o rapaz tão procurado, vestido com a tradicional camisa branca, gravata e calça social preta. Bonitolfo levantou rapidamente, segurou no braço do rapaz e disse:
― Eu quero um refrigerante.
O rapaz sorrindo respondeu:
― E eu estou doido por um chopp. Assim que eu achar um garçom eu peço para ele vir até a sua mesa também.




90 - ÉTSSIM



Letuce, secretária da florestal, possui um espirro bem característico: o som emitido é mais ou menos um “étssim” e quando ela começa a espirrar são, pelo menos, uns 10 espirros seguidos. Certa vez o Cláudio entrou na secretaria logo após uma destas seções de espirros da Letuce e começou a imitá-la:
― Étssim, étssim étssim...
Lá pelo sexto espirro a Letuce caiu na gargalhada. Cláudio pensou estar abafando na imitação. Quando ele olhou para trás, viu o Eng. José Faria (diretor da empresa) parado na entrada da secretaria, com uma cara de não estar entendendo nada. O último espirro saiu bem baixinho. Então o Eng. José Faria disse ao Cláudio:
― O que é isso rapaz? Ta tendo um chilique? Será que é contagioso?




89 - QUEM PODE ENTRAR



Era ano de 2002, a fábrica de celulose e papel estava em plena expansão, mais de 3.000 pessoas adicionais circulando pelas ruas, além de guindastes, bombeiros e caminhões. Era tanta movimentação que foi restrita a entrada de carros, sendo autorizado apenas para diretores e gerentes gerais.
Acontece que o José Faria (o Quati) era visto circulando livremente pelas ruas da fábrica com o seu carro. Isto era motivo de comentários nas rodas de almoço, principalmente nas mesas dos coordenadores:
― Como é que ele consegue entrar e nós não?
Realmente era um grande mistério.
Um dia o Paccoca precisou deixar seu carro na oficina e pegou uma carona com o Quati. Pick-up da General Motors, modelo S10 novinha, insulfilm nos vidros, ainda não havia sido pintado o logotipo, som de primeira. Chegaram à portaria da fábrica.
― Seu nome, por gentileza ― disse o guarda.
No que o Quati prontamente respondeu:
― Jo Jo Jo José Faria.
O guarda, conferindo a lista na prancheta:
― Positivo Dr. José Faria. O senhor está liberado. Pode entrar e bom trabalho!!!



88 - SABE TUDO



Normalmente os funcionários da área florestal têm números para utilizar no sistema de rádio comunicação. Até há algum tempo, apenas a secretaria em Jacareí não tinha número, mas sim um código: COP.
Numa ocasião os supervisores de silvicultura estavam discutindo o que esta sigla significava. Cada um foi dando a sua opinião até que o Ademar (vulgo Xaxau) fechou a discussão com chave de ouro:
― Não estou entendendo a dúvida. Para mim está muito claro. Tá na cara o significado de COP: é “Cecretaria” Operacional.

87 - O PÉ DE CHUCHU



O “Zé da Rua” foi por muitos anos supervisor da oficina mecânica e nas suas horas vagas gostava de plantar frutas e legumes pelos locais por onde passava. Ultimamente, como a oficina ficava na fazenda Glória, Zé da Rua plantou um pé de chuchu, que ficou muito viçoso graças ao gel e adubação generosas que vários colaboradores dispensavam a ele.
Um belo dia, Zé da Rua estava em cima de um trator terminando de fazer a ajustagem do pino de engate da roldana do guincho quando, repentinamente, o Sr. “Narigudo”, que desempenhava a função de “prefeito” da referida fazenda, entrou na oficina e com aquele reconhecido sotaque mineiro, disse:
― “Seu” Zé, infelizmente vamos terrr que corrrtarrr o pé de chuchu.
O Zé da Rua, num movimento de fazer inveja ao melhor ginasta olímpico, bateu com a mão esquerda na parte superior do pneu apoiando o seu corpo, jogou as pernas para o ar num quase rodopio e caiu em pé no chão, com uma ameaçadora chave fixa de mais de uma polegada na mão direita. Fitou fixamente o Narigudo e disse:
― E quem mandou cortar?
― É por causa da ISO, seu Zé!
― Olha aqui, não vai cortar é coisa nenhuma. E se tiver problema, manda esta tal de ISO vir falar comigo!

86 - CAIXA POSTAL



Grace Kelly trabalhou no viveiro de produção de mudas no Vale do Paraíba entre 2001 e 2002. Certa feita, estava ela reunida com o Judas num final de tarde, quando soltou esta pérola:
― Estou muito preocupada, pois preciso falar com o engenheiro José Lijima ainda hoje. Passei uma mensagem via rádio para ele logo pela manhã, mas até agora não obtive retorno. Chamei o número do José várias vezes: como ele não respondeu, deixei um recado na “caixa postal” do rádio dele.
― Como assim? Caixa postal? ― perguntou o Judas.
― Judas, uma perguntinha básica: o rádio não é como o telefone celular que você pode deixar recados para a pessoa ouvir depois?

terça-feira, 26 de julho de 2011

85 - O CAFEZINHO



Em suas longas viagens de carro, Paccoca gostava de parar na rede de postos “Galo Frito”, para tomar um delicioso café. Porém, uma característica comum aos funcionários daquela rede era a quantidade excessiva de perguntas que eles faziam aos clientes.
Claro que o objetivo era atender da melhor maneira possível, mas em certos momentos aquele “interrogatório” acabava irritando.
Numa dessas viagens, Paccoca estava um pouco atrasado para um compromisso e decidiu parar rapidamente para tomar um café. Aproximou-se do balcão e foi logo fazendo o pedido à balconista:
― Bom dia. Estou com pressa. Você pode, por gentileza, me servir um café rapidinho?
E aí teve início o interrogatório:
― O senhor gostaria de um café preto ou um capuccino?
― Eu quero um café preto.
― Comum ou expresso?
― Pode ser expresso.
― Descafeinado ou tradicional?
― Tradicional.
― Puro ou com leite?
― Um café puro.
― Pequeno, médio ou grande?
― Pequeno.
Aquilo começou a irritar o Paccoca.
― Com açúcar ou adoçante?
― Com adoçante.
― Com ou sem canelinha?
― Sem canelinha.
― Com ou sem chantilly?
Aí foi a gota d’água e Paccoca decidiu cancelar o pedido:
― Olha, vamos fazer o seguinte. Eu estou realmente com muita pressa. Cancela o cafezinho e me vê apenas um pouco de água, OK?
― Sim, senhor. Água no copo ou na garrafa? Natural ou gelada? Com ou sem gás?...

84 - UNIVERSITÁRIO



Certa ocasião, Elimar comprou um notebook usado e verificou que em uma das pastas do computador havia um arquivo com o nome “universitário”. Por várias vezes Elimar tentou abrir o arquivo, porém sem sucesso. Aparecia sempre uma mensagem de erro e o arquivo não abria.
Elimar resolveu não eliminar o documento, pensando ser algo importante. Mas como o computador estava muito lento, algum tempo depois o rapaz formatou o notebook e instalou uma versão mais antiga do aplicativo.
Nessa época, Elimar estava concluindo um curso de pós-graduação e preparava sua defesa de mestrado. Ele pediu para Belina ver sua apresentação e fazer alguns ajustes.
Muito prestativa, ela pegou o notebook, para examinar a apresentação. Nesse exato momento, Elimar precisou sair da sala para atender a um telefonema e deixou Belina sozinha.
Para ganhar tempo, ela decidiu procurar a apresentação nas pastas do computador e encontrou o tal arquivo “universitário”. Ela clicou sobre ele, que desta vez abriu. Teve início, então, uma apresentação de áudio de uma suposta universidade. O locutor comentava todas as vantagens e os benefícios de se estudar naquela instituição. Foi quando Elimar retornou e Belina elogiou:
― Nossa, Elimar, que lindo, que lindo.
Elimar, que nunca havia visto o arquivo, pensou que era um trabalho de Belina. Todo educado, sentou-se ao lado dela e ficou atento à apresentação.
A partir de determinado ponto, no entanto, a locução virou uma baixaria total, cheia de comentários picantes sobre “educação sexual”.
Belina ficou indignada:
― Elimar, o que é isso? Que baixaria é essa?
Elimar se justificou:
― Mas esse arquivo não é meu. Eu pensei que fosse seu, Belina.
― Meu? Meu o caramba. Essa é boa: o cara toma o meu tempo pra mostrar um arquivo de sacanagem e ainda tenta jogar a culpa em mim.
Depois de muita conversa, tudo ficou esclarecido.

83 - LOOÓ



No setor florestal, a expressão “looó” é muito conhecida e utilizada como resposta a uma pergunta ou comentário de duplo sentido. Exemplo: quando alguém quer trocar informações ou experiências e pergunta: “vamos fazer um troca-troca?”, a resposta invariavelmente é “looó”. Ou se alguém quer guardar um material no porta-malas do carro e pergunta: “posso colocar aí atrás?”, a resposta, com certeza, é “looó”. Ou ainda, se alguém quer saber como você está e pergunta: “tudo bem por aí?”, sem dúvida, a resposta é “looó”.
Normalmente o “looó” vem acompanhado de um gesto de mão como que empurrando alguma coisa para o lado.
Pois bem. Certa vez, Belina organizou uma reunião da área de melhoramento genético, com atividades para toda a semana. Participaram da reunião profissionais de várias áreas da empresa e, como é natural, com vários florestais reunidos, muitas piadas e muitos “looós” foram ouvidos já nos primeiros dias.
Aquilo foi irritando Belina de tal forma que, na sexta-feira de manhã, logo cedo, ela reuniu a equipe e desabafou:
― Eu não aguento mais este tal de “looó”. Vocês ficaram a semana toda dizendo “looó” daqui, “looó” dali. Isso é muita criancice, não é comportamento de grandes profissionais como vocês. Então, chega! Chega! A partir de agora, não quero mais ouvir esse “looó”. Está bem? Cheeeega!
Doni e Elimar tentaram acalmar Belina com explicações, justificativas, e por fim tudo parecia esclarecido. A partir daí, todos ficaram caladinhos e entraram no talhão, para ver um ataque de psilídeo.
Uma das características dessa praga florestal é a formação de uma espécie de cápsula ou concha na parte inferior das folhas do eucalipto.
Um dos participantes comentou, então, que a cápsula continha alto teor de açúcar. Ao ouvir essa observação, Belina resolveu experimentar algumas conchas e exclamou:
― Gente, o negócio cresce na boca!
“Du Little Field”, que havia permanecido no escritório e não sabia das recomendações, chegou ao talhão naquele exato momento e, ao ouvir o comentário de Belina, não teve dúvidas, soltou um sonoro:
― Loooooooó!...
Houve um grande momento de silêncio. Por fim, Belina finalizou:
― Caramba, Du... Não adianta falar, não é verdade? Eu desisto. Vocês não têm jeito mesmo!

82 - SEU GERAAAAAALDO!



Certa manhã, o engenheiro Geraldo Lessie recebeu um e-mail de seu irmão pedindo que ele abrisse com a maior urgência um arquivo anexado.
O documento estava zipado e o computador de Geraldo Lessie não conseguia abri-lo. Como a mensagem pedia urgência, Geraldo solicitou ajuda a Pensilvânia, sua secretária.
― Bom dia, Pensilvânia. Não estou conseguindo abrir um arquivo no meu computador. Posso encaminhar a você, para abrirmos juntos?
Geraldo Lessie enviou o arquivo, foi até a mesa de Pensilvânia, ficou em pé atrás da cadeira da secretária e disse:
― Pronto, pode abrir o documento.
O que se viu em seguida foi algo indescritível. Eram cenas e mais cenas picantes de sexo, orgia, muitas mulheres nuas, coisa da pesada mesmo.
Assustada, olhando tudo aquilo, Pensilvânia gritou:
― Seu Geraaaaaaldo, mas o que é isso?
E Geraldo Lessie, com sua costumeira formalidade, respondeu:
― Se você não sabe o que é isso, eu também não sei. Bola pra frente. Feche o documento e vamos tentar esquecer o ocorrido. Ah, e por favor, ligue urgente para aquele FDP do meu irmão e diga que eu quero ter uma palavrinha com ele...

81 - IRRIGAÇÃO SEM ÁGUA?



A área de silvicultura costumava classificar a atividade de irrigação em “com água” e “sem água”.
O termo “com água” significava que o transporte da água seria realizado pela empresa prestadora de serviço.
A opção “sem água” indicava que o transporte seria realizado por equipe própria.
Numa reunião mensal de resultados, Tião Neves apresentou ao engenheiro José Faria a composição de custos de implantação e reforma, e comentou sobre as possibilidades de irrigação com e sem água.
Gláucio, responsável pelo transporte de madeira, não conhecia o significado das duas expressões e ouvia atentamente os comentários de Tião Neves sobre irrigação sem água e irrigação com água. Aquilo foi deixando Gláucio bem curioso.
Após a apresentação, foi a vez de Gláucio mostrar a composição de custos do transporte de madeira e ele começou se justificando:
― Bem, engenheiro José Faria, eu preparei uma apresentação mais simples, sem levar em consideração as várias alternativas de transporte. Se o senhor me der mais um tempo, eu posso fazer outros cenários, como transporte com e sem pedágio.
― Como assim, Gláucio? Não existe transporte sem pedágio ― questionou José Faria.
E Gláucio rapidamente se justificou:
― Ora, se o Tião consegue irrigar até sem água, acho que também consigo transportar sem pedágio, sem combustível, até sem pneu...

80 - BOTÃO LIGA-DESLIGA



Jorge, supervisor da área de silvicultura, era um rapaz muito conservador, bem reservado e um pouco tímido. Como estava chegando aos 45 anos, precisou fazer o tão temido exame de toque, para avaliar a saúde de sua próstata.
 O moço ficou muito incomodado com aquela possibilidade e manteve o assunto em segredo total, escondendo até mesmo de sua família.
À medida que a data se aproximava, Jorge ficava ainda mais ansioso e preocupado. Para ajudar, alguns dias antes ele pegou uma gripe muito forte, que o deixou bastante abatido. Por isso, no dia do exame, sentia-se mal, com dores no corpo e um pouco de febre. Junte-se a isso poucas horas de sono, má alimentação, cansaço e muito, mas muito nervosismo.
O fato é que exatamente no momento em que o médico enfiou o dedo no local temido, Jorge desmaiou. O médico ficou desesperado e pediu para a secretária localizar rapidamente algum parente, para comunicar o ocorrido.
Quando Jorge acordou, estava deitado numa maca na sala de repouso, cercado por alguns familiares. No mesmo instante o médico chegou e comentou:
― Que susto você me deu rapaz. Nessa minha profissão eu já presenciei muita coisa, mas um apagão no momento do toque foi a primeira vez. Acho que encontrei o seu botão liga-desliga.

79 - O NOVO HOMEM DO TEMPO



Todas as manhãs, durante a ida de casa para o trabalho, Magrela ouvia no rádio do carro as previsões do tempo com o saudoso Narciso Vernizzi, o inesquecível “homem do tempo”.
Magrela tornou-se verdadeiro fã de Narciso, chegando a ouvir as previsões do tempo 2 a 3 vezes por dia. Conseguiu até incorporar parte do rico vocabulário utilizado pelo radialista nas emissões dos  boletins meteorológicos. Por isso, ficou conhecido como o novo homem do tempo na empresa florestal.
A fama do Magrela se espalhou rapidamente e sempre que alguma equipe precisava realizar plantio, aplicação de herbicida ou combate a formiga, o consultava antes, para saber a previsão do tempo.
Certa vez, o gerente de operações florestais recebeu visitantes muito importantes e, como a visita incluía uma parte de campo, ele resolveu consultar o Magrela, pelo rádio de comunicação, para saber as condições do tempo.
Magrela, querendo impressionar o gerente, tentou repetir na íntegra a informação que ouvira do radialista naquela manhã:
― Para hoje temos um ar bastante instável com a formação de cumulonimbus associada à baixa pressão atmosférica de escala sinótica, desenvolvendo um ciclone extratropical que está entrando na zona de convergência do Atlântico Sul...
Houve um instante de silêncio no rádio e o gerente insistiu:
― Caramba, não entendi nada. Só quero saber se vai chover ou não.
― Bom, além de tudo o que eu falei, os passarinhos estão cantando bastante e meu joanete está doendo muito. Então, vai chover, com certeza.

78 - A LOIRINHA DA BALANÇA



Julieta viajava em seu carro para Ribeirão Preto. Dirigia tão distraída com seus pensamentos e não percebeu que estava há vários quilômetros numa rodovia de pista dupla, andando atrás de um caminhão, e não o ultrapassava. De repente, notou que o caminhão saiu da rodovia e pegou uma espécie de desvio. Ela o seguiu imaginando:
― Obras na pista. Espero que não seja um desvio muito longo. Estou louca para chegar em casa.
Continuou em frente, mas achou estranho que só os caminhões pegavam o desvio. Os carros de passeio seguiam pela rodovia normalmente. Aí ela pensou:
― Coitados. Eles não devem ter visto a sinalização de desvio. Se bem que eu também não vi.
Foi quando apareceram alguns funcionários da concessionária gesticulando e gritando. Parecia que todos olhavam diretamente para ela.
― O que eles querem? ― pensou.
Só então Julieta percebeu que havia entrado no acesso a uma balança. Ficou indecisa se seguia em frente ou tentava retornar de marcha à ré.
Nesse momento, um funcionário resolveu ajudá-la:
― Agora que você já está aí, pode vir, loirinha. Mas vamos ter de pesar o seu carro. E se der excesso de carga, você vai pagar multa...

Detalhe 1:
Essa loirinha cometeu o mesmo engano mais duas vezes. Vamos dar um desconto? Foi em rodovias diferentes.
Detalhe 2:
Ela é loira mesmo.

77 - MUDAS VELHAS



José, o supervisor de silvicultura, durante uma reunião técnica em campo, apresentou aos participantes uma área plantada com mudas de 120 dias, que ele chamou de “mudas velhas”.
Em seguida, ao olhar a fisionomia dos participantes, imaginou que o termo “velhas” não havia agradado. Pensou: ninguém gosta de ser chamado de velho. Por isso, tentando usar uma linguagem politicamente correta, rapidamente consertou o suposto erro.
― Então, pessoal, como falei, tivemos aqui um plantio de “mudas maduras”, mas acredito que não teremos grandes problemas. O sistema radicular dessas “mudas idosas” aparentemente está normal, sem enovelamentos. Fizemos uma boa adubação de base e o crescimento deve ser normal. Afinal de contas, são “mudas bem experientes”.

76 - O MESTRE DOS MAGOS



Durante uma reunião de resultados, os participantes, muito preocupados com as metas operacionais e financeiras, discutiam todas as alternativas viáveis para atingi-las.
Ao ouvir algumas sugestões de Belina, Golias comentou:
― Você parece “o mestre dos magos”.
Sem entender muito bem o comentário, Belina quis saber:
― Quem é esse tal mestre dos magos?
― É um personagem de desenho animado infantil chamado Caverna do Dragão. Na história, um grupo de jovens vai parar em outra dimensão e sempre que surge alguma dificuldade o mestre dos magos aparece para ajudar.
Belina ficou toda contente:
― Gostei muito desse personagem. Conte mais a respeito.
― Pois bem... ele é baixinho, franzino, surge quando menos se espera, ninguém sabe de onde vem, fala um monte de coisas sem sentido, depois vai para trás de uma moita e desaparece. E o abacaxi sempre sobra para os outros descascarem...

75 - COMIDA ESTRANHA



Numa viagem técnica à China, José Faria, Lúcio e Belina visitavam alguns plantios de eucalipto. No final do dia, retornando ao hotel, o motorista parou em um posto de combustível para abastecer o veículo. Aproveitando a parada, José Faria e Lúcio entraram na loja de conveniência e compraram algumas “guloseimas” para tapear a fome. José Faria retornou ao carro com uma embalagem de sementes de abóbora torradas e salgadas e Lúcio com um saquinho de balinhas coloridas em forma de flores. Como a fome era grande, rapidamente abriram a primeira embalagem e começaram a comer as sementes de abóbora. Belina elogiou:
― Nossa essa semente é muito boa. Ela é bem crocante. E depois que a gente engole, ainda fica um perfuminho na boca da gente.
Depois, começaram a chupar as balinhas em forma de flores, mas Lúcio reclamou:
― Que estranho! Essa balinha branca que eu peguei não tem gosto de nada. Eu chupo, chupo, chupo e não sinto sabor algum.
Belina comentou:
― Deve ser porque você pegou a balinha branca. Eu vou chupar a vermelhinha e o José Faria a roxinha.
Chuparam as balinhas e nada: sem nenhum sabor.
Chegando ao hotel, encontraram o gerente da empresa florestal, que também é brasileiro, e mostraram a ele as embalagens das sementes e das balinhas que haviam comprado, perguntando o que eram.
O gerente, soltando uma gargalhada, disse:
― Não acredito que vocês comeram isto. As sementes realmente são de abóbora, porém elas têm essência de jasmim, e as pessoas aqui as colocam em sachês, para perfumar o ambiente. E as balinhas são, na verdade, broches de plástico que as crianças penduram nas bolsas, mochilas e roupas como enfeite. Depois, dizem que os chineses é que comem qualquer coisa.

74 - ROLANDO LERO 3



Em um treinamento sobre relacionamento interpessoal, realizado pela consultora Márcia Luzia, cada participante deveria apresentar-se aos demais membros do grupo dizendo o que mais gostava e o que menos gostava na empresa.
Juvêncio foi escolhido para dar início à rodada de apresentações. Todo político e cauteloso, ele disse o seguinte:
― Pessoal, vou começar falando das coisas que mais gosto. O que eu mais gosto? Ah, tem tanta coisa que eu gosto. Eu gosto de... Deixe-me pensar um pouco. Também gosto de... Bom, eu gosto de... Puxa, tem muita coisa mesmo que eu gosto. E o que eu não gosto? Nossa, tem tanta coisa que eu não gosto. Eu não gosto de... de... Acho que também não gosto de... Com certeza não gosto de... de... Ah, tem muita coisa mesmo que eu não gosto. Em resumo, é isso pessoal. Quem quer ser o próximo?

73 - ROLANDO LERO 2



Numa reunião de resultados, Luiz Novaes apresentava os resultados mensais de sua regional.
Em determinado momento, o engenheiro José Faria questionou a pequena área plantada naquele mês.
Luiz justificou:
― Nós plantamos pouco em virtude da falta de chuva. Este mês choveu pouco na minha regional. Choveu pouquíssimo mesmo...
Porém, no slide seguinte, Luiz mostrou uma pequena área com realização de capina química, e novamente o engenheiro José Faria questionou a pequena área.
Luiz imediatamente respondeu:
― Ah, mas quem é que consegue aplicar herbicida com uma chuvarada dessas?

72 - ROLANDO LERO 1



Era o início das reuniões de resultado na área florestal e o engenheiro Geraldo Lessie estava muito preocupado. Ele queria saber se os supervisores da área de silvicultura entendiam o significado de todas aquelas siglas novas e palavras em inglês. Então, durante uma reunião, perguntou:
― Vocês estão entendendo o significado destas palavras?
Os supervisores, balançando a cabeça de forma positiva, apenas murmuraram:
― Hummm, hummm.
― Vocês entendem mesmo o que é EBITDA, Rolling Forecast, Benchmark, Catch Ball?
Os supervisores mais uma vez sinalizaram de forma afirmativa com a cabeça:
― Hummm, hummm.
― Bem, já que vocês estão dizendo que entenderam, vou escolher uma pessoa para explicar melhor para nós. Eu peço, por gentileza, que o José Farinha nos diga o que ele entendeu por rolling forecast.
E José Farinha iniciou a explicação:
― Veja bem... o senhor disse rolling forecast, correto? Vamos analisar cada palavra separadamente. Rolling......o que seria rolling? Rolling é um negócio assim... assim... rolling... rolling. E forecast? Forecast é um outro negócio assim... assim... é forecast. E quando juntamos as duas palavras? Aí fica sensacional. Rolling forecast... fica assim... rolling... e... forecast. Seu Geraldo, eu é que quero saber se o senhor entendeu o significado destas palavras: o que é rolling forecast para o senhor?

71 - A SENHA



Certa ocasião, a equipe de silvicultura precisou de um notebook para realizar uma apresentação e o engenheiro Celso gentilmente emprestou seu equipamento.
O problema foi que Celso precisou se deslocar para outra fazenda e esqueceu de deixar sua senha com a equipe.
Assim, alguns minutos depois de iniciada a reunião, o computador travou e eles precisariam digitar a senha para prosseguir.
Como Celso não atendia ao celular, resolveram chamá-lo pelo rádio de comunicação, que é vivavoz:
― Celso, não estamos conseguindo contato através do seu celular. O seu computador está bloqueado. Você pode dizer sua senha?
Houve alguns segundos de silêncio e Celso respondeu com a voz trêmula:
― Ah, o meu celular está sem bateria. Bem, a senha é: B, U, C, E... Olha, eu vou encontrar um telefone público e já ligo pra você...

70 - TEM QUE FICAR ESPERTO



No Núcleo de Educação Ambiental (NEA) havia um curso sobre meio ambiente, aberto à população, que era realizado nas manhãs de sábado.
Existia uma orientação para que a última pessoa a sair do NEA na sexta-feira à tarde deixasse as chaves na portaria, para que o coordenador do curso pudesse abrir o prédio no dia seguinte.
Aconteceu que numa sexta-feira o Fausco se esqueceu e levou as chaves para casa. Assim, na hora do curso, os participantes não conseguiram entrar.
Então, o coordenador do curso ligou para o Fausco:
― Sr. Fausco, estamos com um problema aqui no NEA. Algum espertão trancou o prédio ontem, levou as chaves e não conseguimos entrar nas salas.
Ouvindo aquilo, Fausco logo se desculpou:
― Nossa, peço desculpas... As chaves estão aqui comigo. Esqueci de deixá-las na portaria.
Houve um instante de silêncio, mas rapidamente o rapaz concluiu:
― Pois é, Sr. Fausco, com tanto roubo acontecendo hoje em dia, a gente precisa ficar muito espertão, não é mesmo?

69 - ATÉ PARECE RUI BARBOSA



Certa vez o engenheiro Valter Habib verificou que as despesas com telefones fixo e celular estavam um pouco elevadas e enviou o seguinte e-mail para os funcionários da sua área:
― Estimados colegas de trabalho: verifiquei que nossa ordinária referente ao emprego de telefones patenteia-se exageradamente vultosa. Tendo, portanto, meu ato justificado por essa premissa, e com o intuito de minimizar o excessivo dispêndio face ao nosso parco e irrisório orçamento, solicito que toda e qualquer utilização de telefone passe pelo crivo da ponderação e seja executada com a maior diligência e irrestrita parcimônia.
Ar ler aquilo, os funcionários, confusos, começaram a se perguntar:
― Mas e aí? Não entendi nada. A gente pode ou não pode usar o telefone?

68 - PERMISSÃO PARA ENTRAR



Num sábado, Fausco foi até o escritório apanhar o notebook que havia esquecido em sua sala. Chegando na portaria, um vigilante recém-contratado aproximou-se do veículo e perguntou:
― O senhor deseja algo?
― Ah, sim, você não me conhece. Eu trabalho aqui na empresa, na área ambiental, e gostaria de entrar para pegar o meu notebook.
Ouvindo aquilo e vendo que Fausco vestia bermuda e chinelo, o vigilante negou o acesso.
― Infelizmente o senhor não poderá entrar com esse traje. São normas da empresa.
Mas Fausco insistiu:
― Por favor, só vou entrar, pegar o computador e sair rapidinho. Não levo mais que cinco minutos. Eu preciso muito usar o notebook neste final de semana.
O vigilante resolveu ajudar:
― Aguarde um momento aqui no seu veículo, que vou verificar o que posso fazer.
Alguns instantes depois, o celular do Fausco tocou. Era o vigilante.
― Alô, é o engenheiro Fausco? Desculpe incomodá-lo no final de semana, mas é que estou com um problema com um funcionário da área ambiental e vi na minha lista que o senhor é o gerente responsável por essa área. Acontece que tem um rapaz aqui na portaria dizendo que precisa entrar pra pegar um notebook, mas ele está de bermuda e chinelo. Será que o senhor pode autorizar a entrada dele?
Então, Fausco perguntou:
― E como é esse rapaz?
O vigilante rapidamente respondeu:
― Ele é baixinho, gordinho e careca.
― Olha, esse rapaz é muito gente boa. Aliás, é um dos nossos melhores funcionários. Por esse rapaz eu ponho minha mão no fogo. Pode deixar ele entrar.
O vigilante retornou ao veículo e disse:
― O gerente da sua área autorizou a sua entrada. Meu amigo, você tem muita moral com “os home”.

66 - BURACO DE TATU



Certa ocasião começaram a ocorrer, no campo, alguns acidentes com os trabalhadores, devido à presença de buracos abertos por tatus.
Os funcionários acabavam torcendo ou até quebrando os pés ao enfiá-los nesses buracos, cobertos pela vegetação ou serapilheira.
Por essa razão, os técnicos de segurança iniciaram uma campanha para evitar tais acidentes, e vários comunicados de alerta e conscientização foram enviados a todos os funcionários.
O engenheiro José Lourenço leu rapidamente os e-mails e não entendeu que eram buracos de tatu. Ele pensou que alguém ou alguma equipe de trabalho havia aberto os buracos e por isso disparou um e-mail, também endereçado a todos os funcionários, com a seguinte mensagem:
― Prezados colegas de trabalho. Lendo os e-mails enviados pela equipe de segurança, tomei conhecimento dos vários acidentes causados por esses buracos. Precisamos reduzir drasticamente os acidentes desse tipo. Em minha opinião, não está havendo o comprometimento necessário de quem está abrindo esses buracos. Quem fez os buracos, precisa fechar, não pode deixá-los abertos. Portanto, proponho que as equipes de silvicultura realizem imediatamente um diálogo de segurança com os responsáveis pela abertura dos tais buracos, informando e conscientizando os mesmos sobre a importância de tapar cada buraco após sua abertura.

67 - MÁQUINA IMPORTADA



Numa segunda-feira de manhã, o engenheiro Paccoca pegou um pen-drive emprestado de um amigo, para copiar um arquivo.
Paccoca observou que, além do arquivo copiado, havia no pen-drive um outro documento com o nome “máquina importada”. Como bom engenheiro mecânico, Paccoca ficou curioso com o nome e acabou abrindo o arquivo.
Para sua surpresa, iniciou-se uma apresentação automática de lindas mulheres completamente nuas. E em cada posição!
Pois exatamente naquele instante Zazá passou pela sala. Apressado, Paccoca tentou desesperadamente fechar o arquivo, mas foi em vão. Zazá viu aquela mulherada toda na tela do computador e comentou:
― Que beleza, hem Paccoca? Se numa segunda-feira cedo você já está assim empolgado, imagina só quando chegar a sexta-feira.

65 - PARADONTAX



Cleuzinha, certa ocasião, realizou um tratamento dentário. Ao final do tratamento, seu dentista recomendou um creme dental para evitar a formação de placa bacteriana e gengivite, e lhe perguntou:
― Cleuza, por acaso tem paradontax na sua casa?
Cleuza pensou um instante e respondeu:
― Táxi não, doutor, mas às vezes, bem na frente da minha casa, tem parado um caminhão... Ah, é uma amolação danada.

64 - O PARANINFO



No final de 2006, Golias tirou uns dias de férias e visitou seus parentes em sua cidade natal.
Ele aproveitou a oportunidade para rever um amigo de infância, atualmente professor universitário, que em virtude de um acidente automobilístico ficou paraplégico.
Golias encontrou o amigo e, vendo-o numa cadeira de rodas, evitou ao máximo comentar o ocorrido. Falaram sobre os amigos, trabalho, relembraram fatos engraçados da infância. Por fim, o amigo se justificou:
― Bom, a conversa está muito boa, mas eu preciso ir. Hoje à noite tenho uma festa de formatura na faculdade. Eu não queria ir, mas, o que se pode fazer? Eu sou paraninfo...
Ouvindo aquilo, Golias tentou animar o amigo:
― Que é isso, rapaz? Vai desanimar só porque você ficou paraninfo? Hoje em dia, com essa história de bala perdida, tem um monte de gente que também fica paraninfa. Vá em frente. A vida não acaba para os paraninfos.

63 - DINHEIRO PARA O PEDÁGIO



Belina, Geraldo Lassie, Caesar, Tião Neves, Celsinho e Nilson participaram de uma reunião de resultados em Piracicaba e, no final do dia, retornavam a Ribeirão Preto em dois carros.
Belina, Geraldo Lassie e Caesar viajavam no primeiro veículo e Tião Neves, Celsinho e Nilson seguiam no segundo, uns 20 quilômetros atrás.
Ao se aproximarem de um pedágio, Tião Neves, Celsinho e Nilson perceberam que nenhum dos três tinha dinheiro e pediram, através do rádio de comunicação, ajuda aos ocupantes do veículo que seguia à frente.
Belina, Geraldo Lassie e Caesar, que já haviam passado pelo pedágio, tiveram de fazer o retorno para levar o dinheiro. Naquele momento, notaram que um rapaz, pilotando uma moto muito grande, de cor vermelha e vestindo um macacão verde-limão, seguia em direção ao pedágio e decidiram fazer uma brincadeira.
Chamaram o Tião Neves pelo rádio, passaram toda a descrição do motoqueiro e sua moto, informando que ele estava levando o dinheiro solicitado.
Alguns minutos depois, Belina chamou novamente o Tião Neves pelo rádio e perguntou:
― E aí, o motoqueiro já chegou?
E Tião, com a voz muito ofegante, respondeu:
― Já chegou, sim, mas vocês acreditam que o rapaz não queria parar? Tivemos muito trabalho para segurar o safado. E agora nós estamos tentando pegar o dinheiro dele...

62 - LIMPANDO O PÁRA-BRISA



Certa manhã, Caesar deslocava-se de sua residência para o trabalho com o veículo da empresa. Ao parar em um semáforo, ele acionou a alavanca do esguicho, para limpar o pára-brisa. Porém, ao acionar a alavanca, Caesar ouviu a buzina tocando bem baixinho e pensou:
― Que estranho. Eu acionei o esguicho de água e a buzina tocou ao mesmo tempo. Deve estar com mau contato.
Caesar acionou o esguicho novamente e mais uma vez a buzina tocou. 
Na terceira esguichada, uma pessoa bateu com a mão no vidro da porta do passageiro.
Ao olhar para o lado direito, Caesar viu um motoqueiro todo molhado, que gritava:
― Por favor, pare com essa água que você já me molhou todo.

61 - EU SEI A SUA SENHA



Crianças vivem aprontando e colocando os pais em situações embaraçosas. Num sábado, Cláudio foi com sua família realizar compras num supermercado.
O estabelecimento estava bem movimentado.
No momento de efetuar o pagamento no caixa, Cláudio utilizou seu cartão de crédito e digitou a senha. Sua filha, que estava sentada no carrinho do supermercado observando atentamente a cena, gritou:
― Eu vi a senha do papai. Eu vi a senha do papai.
Cláudio disse rapidamente à filha:
― Fique quietinha. Esta senha é um segredo do papai. Você não pode contar pra ninguém, está bem?
Porém a filha não resistiu e novamente gritou:
― Eu vou contar. Eu vou contar sim. A senha do papai é estrelinha, estrelinha, estrelinha e estrelinha.

60 - A COBRA VOADORA



Elimar e Alceu visitavam alguns experimentos da área de melhoramento genético no campo. Na última parada, escutaram um barulho estranho saindo do interior de um buraco no barranco da estrada. Aproximaram-se para verificar o que poderia ser e Elimar, com sua visão “superprivilegiada”, sugeriu:
― Pelo jeito, deve ser uma cobra.
Com a aproximação dos dois, o barulho ficou ainda mais alto.
― É uma cascavel ― concordou Alceu ―. O ruído que estamos ouvindo é do seu guizo. Vamos logo ver o teste e deixá-la em paz.
Mas a curiosidade fez com que os dois se aproximassem um pouco mais, para tentar enxergar a tal “cobra”. Com isso, a suposta “cascavel”, assustada, saiu voando lá de dentro na direção dos abelhudos, fazendo um grande barulho.
Elimar e Alceu levaram um susto tão grande que caíram sentados no chão, um ao lado do outro, a uns três metros de distância.
Alguns segundos depois, com a recuperação do fôlego, Elimar gritou:
― Caramba... é uma cobra voadora. Desta espécie eu ainda não conhecia.
Passado o susto, eles puderam então verificar que a cobra voadora era, na verdade, uma inocente coruja buraqueira que se sentiu ameaçada pela aproximação dos dois valentões.

59 - PRESSA PARA COMER



Judas, Franccesco e Filhinho instalavam, certa vez, um experimento no campo. Eles precisavam terminar a instalação do teste naquele mesmo dia.
Como estavam um pouco atrasados com as atividades, decidiram que o almoço seria muito rápido. Chegando ao restaurante, Judas fez os pedidos, enquanto Franccesco e Filhinho foram ao banheiro.
Quando ambos voltaram, Judas já estava sentado à mesa, comendo a salada. Eles acharam estranha a forma como Judas comia, mas decidiram não interferir.
Em seguida, chegaram os pratos quentes e Judas colocou o feijão no prato. Todo o caldo escorreu para fora, sujando a toalha da mesa e suas roupas.
Nesse momento, Filhinho se manifestou:
― Olha, Judas, eu sei que você está com muita pressa, mas poderia ao menos ter arranjado um tempinho para virar o prato. Ou você gosta mesmo de comer com o prato “de cabeça pra baixo”?

58 - CONHECES O HOTEL?



José Marcos e Cláudio foram a Portugal participar da Conferência IUFRO. Após o desembarque em Lisboa, pegaram um táxi para levá-los até o hotel. Cláudio pediu ao motorista:
― Boa tarde. O senhor poderia nos levar ao hotel SIBI?
Rodaram por muito tempo pelas ruas de Lisboa e nada de chegar ao hotel. Então, José Marcos perguntou:
― O senhor conhece o hotel SIBI, né?
O motorista respondeu:
― Para falar a verdade, eu não conheço este hotel não senhor.
Porém, logo em seguida, estacionou o carro bem em frente ao hotel e disse:
― Prontinho.... chegamos.
Então Cláudio questionou:
― Mas o senhor disse que não conhecia o hotel. Como conseguiu chegar até aqui?
E o motorista completou:
― Realmente eu não conheço o hotel. Nunca estive lá dentro para ver como é. Mas eu sei onde ele fica.

57 - PAPAI, O QUE É SEXO?



A grande maioria dos pais preocupa-se com o momento ideal e a melhor maneira de contar aos filhos o que é sexo. Num sábado, Fabrício estava em sua casa ajudando a esposa com as tarefas domésticas, enquanto a filha de 7 anos fazia os deveres escolares. Em certo momento, a menina olhou para Fabrício e perguntou:
― Papai, o que é sexo?
Fabrício foi pego de surpresa com a pergunta. Ele sabia que mais cedo ou mais tarde teria essa conversa com a filha. Mas não esperava que fosse assim tão cedo. Ele refletiu um instante, passou a mão nos cabelos e começou a seguinte explicação:
― Olha, minha filha, sexo é uma coisa muito bonita que acontece entre duas pessoas que se amam muito. Ah... e somente após o casamento. O papai consegue colocar uma espécie de sementinha dentro da mamãe. Essa sementinha vai andando até encontrar um ovinho que a mamãe carrega dentro da barriga. Aí esse ovinho começa a crescer e depois de 9 meses um lindo neném está pronto para nascer. Conseguiu entender um pouquinho?
A menina, com os olhos completamente arregalados, respondeu:
― Acho que sim, papai. Mas a sua explicação não cabe no “quadradinho”. Aqui está pedindo para preencher o sexo: M ou F.

56 - O COTONETE



A empresa Agroserius arrendou, em 2004, parte de sua fazenda localizada no município de São Luiz do Paraitinga, para o plantio de eucalipto. Na outra parte, a empresa manteve sua criação de frangos de corte.
Para evitar que as aves contraíssem doenças, havia na entrada da fazenda um rigoroso sistema para desinfecção de veículos e de seus ocupantes.
Nos veículos, eram pulverizados interna e externamente produtos químicos, para eliminação de fungos, bactérias e outros patógenos.
Já os ocupantes precisavam entrar numa sala esterilizada, retirar as roupas, tomar um banho com produtos especiais e vestir um macacão branco esterilizado.
Por último, havia um constrangedor teste do cotonete, para diagnosticar uma possível infecção por bactérias. Os visitantes recebiam um cotonete, passavam a ponta com algodão ao redor do ânus e o entregavam a uma laboratorista, que imediatamente realizava um exame para detectar a presença da bactéria Salmonella.
Só após concluir todas essas etapas o visitante era autorizado a entrar na fazenda.
Aconteceu que certa vez o engenheiro Omar visitou a fazenda, mas não sabia de todo o ritual para poder entrar. Ao chegar na portaria, o vigia lhe disse:
― Bom dia. O senhor pode, por gentileza, estacionar o veículo aqui ao lado, para eu iniciar a pulverização? Não leva mais do que 20 minutos.
Omar respondeu:
― É sério mesmo? Precisa pulverizar o veículo?
― É isso mesmo. Mas, enquanto eu pulverizo, o senhor pode entrar naquela sala, tirar todas as roupas e ir tomando o banho.
Omar, pensando que o vigia estivesse brincando, perguntou:
― Tirar a roupa? E tomar banho? Fala sério! E no rabinho, não vai nada?
― Vai, sim ― respondeu o vigia ―. Depois do banho, o senhor enfia um cotonete.

55 - QUEM BEBE MAIS



Uma das coisas que Marcius Eustéquio mais gosta de fazer é atormentar o Barba. Num sábado à tarde, ambos estavam num bar em Santa Branca, e Marcius fez um desafio ao Barba: queria ver qual dos dois conseguiria beber mais cachaça.
― Nós pedimos para o seu Zé, dono do bar, trazer os copinhos com cachaça. Tem que beber num só gole. No final, nós contaremos quantos copinhos cada um bebeu e quem foi o vencedor ― explicou Marcius.
― Fechado ― respondeu Barba ―. Só que antes eu vou ao banheiro fazer um pipi básico. Assim, começo a competição “zerado”.
Enquanto Barba foi ao banheiro, Marcius aproximou-se do balcão e disse ao dono do bar:
― Seu Zé, eu preciso de um grande favor. Eu sou meio fraco pra bebida e fico bêbado muito fácil. Como eu não posso perder essa aposta para o Barba, nos meus copinhos o senhor coloca apenas água. Pode ser?
Quando Barba voltou do banheiro, Marcius disse:
― Acho melhor eu também ir ao banheiro esvaziar a bexiga. Assim, não será preciso interromper a competição no meio.
Barba aproveitou a ausência do Marcius e também pediu ao dono do bar:
― Seu Zé, o senhor sabe que eu estou parando de beber, mas eu não podia dar o braço a torcer. Eu tenho que vencer esta competição. Portanto, o senhor me faz um favor? No meu copo coloque apenas água.
Finalmente a competição teve início. Seu Zé trazia os copinhos com a “cachaça” e ambos bebiam num único gole. Os copinhos ficavam na mesa para a contagem. Lá pelas 9 da noite, após beberem uns 30 copinhos cada um, Marcius propôs:
― Barba, eu tenho que reconhecer: você é fera. Não sabia que você conseguia beber tanto assim sem passar mal. Eu tenho um compromisso daqui a pouco e terei que encerrar a competição. Vamos dar a competição como empatada?
― Positivo ― respondeu Barba ―. Confesso que também estou muito impressionado com a sua performance. Você também está de parabéns. Vamos encerrar a competição. Seu Zé, traz a nossa conta.
E o seu Zé, dando uma grande gargalhada, respondeu:
― Que conta? Não é nada. Vocês dois estão desde as 4 da tarde bebendo água da torneira...