terça-feira, 26 de julho de 2011

75 - COMIDA ESTRANHA



Numa viagem técnica à China, José Faria, Lúcio e Belina visitavam alguns plantios de eucalipto. No final do dia, retornando ao hotel, o motorista parou em um posto de combustível para abastecer o veículo. Aproveitando a parada, José Faria e Lúcio entraram na loja de conveniência e compraram algumas “guloseimas” para tapear a fome. José Faria retornou ao carro com uma embalagem de sementes de abóbora torradas e salgadas e Lúcio com um saquinho de balinhas coloridas em forma de flores. Como a fome era grande, rapidamente abriram a primeira embalagem e começaram a comer as sementes de abóbora. Belina elogiou:
― Nossa essa semente é muito boa. Ela é bem crocante. E depois que a gente engole, ainda fica um perfuminho na boca da gente.
Depois, começaram a chupar as balinhas em forma de flores, mas Lúcio reclamou:
― Que estranho! Essa balinha branca que eu peguei não tem gosto de nada. Eu chupo, chupo, chupo e não sinto sabor algum.
Belina comentou:
― Deve ser porque você pegou a balinha branca. Eu vou chupar a vermelhinha e o José Faria a roxinha.
Chuparam as balinhas e nada: sem nenhum sabor.
Chegando ao hotel, encontraram o gerente da empresa florestal, que também é brasileiro, e mostraram a ele as embalagens das sementes e das balinhas que haviam comprado, perguntando o que eram.
O gerente, soltando uma gargalhada, disse:
― Não acredito que vocês comeram isto. As sementes realmente são de abóbora, porém elas têm essência de jasmim, e as pessoas aqui as colocam em sachês, para perfumar o ambiente. E as balinhas são, na verdade, broches de plástico que as crianças penduram nas bolsas, mochilas e roupas como enfeite. Depois, dizem que os chineses é que comem qualquer coisa.

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