terça-feira, 26 de julho de 2011

78 - A LOIRINHA DA BALANÇA



Julieta viajava em seu carro para Ribeirão Preto. Dirigia tão distraída com seus pensamentos e não percebeu que estava há vários quilômetros numa rodovia de pista dupla, andando atrás de um caminhão, e não o ultrapassava. De repente, notou que o caminhão saiu da rodovia e pegou uma espécie de desvio. Ela o seguiu imaginando:
― Obras na pista. Espero que não seja um desvio muito longo. Estou louca para chegar em casa.
Continuou em frente, mas achou estranho que só os caminhões pegavam o desvio. Os carros de passeio seguiam pela rodovia normalmente. Aí ela pensou:
― Coitados. Eles não devem ter visto a sinalização de desvio. Se bem que eu também não vi.
Foi quando apareceram alguns funcionários da concessionária gesticulando e gritando. Parecia que todos olhavam diretamente para ela.
― O que eles querem? ― pensou.
Só então Julieta percebeu que havia entrado no acesso a uma balança. Ficou indecisa se seguia em frente ou tentava retornar de marcha à ré.
Nesse momento, um funcionário resolveu ajudá-la:
― Agora que você já está aí, pode vir, loirinha. Mas vamos ter de pesar o seu carro. E se der excesso de carga, você vai pagar multa...

Detalhe 1:
Essa loirinha cometeu o mesmo engano mais duas vezes. Vamos dar um desconto? Foi em rodovias diferentes.
Detalhe 2:
Ela é loira mesmo.

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