terça-feira, 9 de agosto de 2011

111 - OS JIPEIROS


Em março de 2010, Dommingos, Lais e Pimentinha participaram de uma reunião em Barra do Riacho. Durante o jantar, em um restaurante da cidade, Lais e Pimentinha descobriram que tinham uma paixão em comum: os jipes.
A partir daí, conversaram bastante sobre as aventuras que ambos já haviam vivido em estradas perigosas de lugares desconhecidos, no meio de chuva, neblina e poeira.
Conversa vai, conversa vem, Lais não resistiu e fez o convite:
― Vamos dar um passeio no meu jipe agora?
― Agora? Mas já é tarde, quase meia-noite – questionou Dommingos.
― Eu moro bem perto daqui – explicou Lais entusiasmada –. Vou correndo até em casa, pego o carro e volto num minuto. A gente dá uma volta e depois deixo vocês no hotel.
Foi assim que ela convenceu a todos. E, realmente, logo chegou com o jipe. Para completar, o danado era mesmo bonito, e Pimentinha não se conteve, quis porque quis pilotar a máquina, uma vez que possuía “grande habilidade” na condução desse tipo de veículo.
Lais, muito simpática, entregou o carro ao amigo e seguiram em frente.
Cinco minutos depois, Pimentinha propôs:
― Vamos pela praia, que é mais emocionante.
E foi mesmo emocionante. Foi só entrar na praia e o jipe “atolou até o talo”. Quanto mais Pimentinha acelerava, mais o carro afundava na areia. E a água do mar não estava muito longe. Dommingos e Pimentinha rapidamente tiraram os sapatos, arregaçaram as calças e, com a ajuda de pás, começaram a cavar ao redor das rodas. Tudo em vão. No meio da ansiedade, com o mar chegando cada vez mais perto, Lais ligou para uns amigos jipeiros, pedindo ajuda.
Após alguns minutos, um deles chegou. A manobra foi rápida. Os rapazes estenderam o guincho, fizeram as conexões e tentaram rebocar o jipe. Problema: seu veículo também ficou preso na areia.  A maré subia rapidamente e a água já estava batendo no meio das rodas. Foi quando o terceiro jipe apareceu. E não deu outra: também ficou atolado.
A essa altura o desespero começou a tomar conta de todos. A água do mar já atingia a metade da porta dos carros. Todos estavam bem molhados, com frio e com areia enfiada por todos os lados. Aí a solução apareceu.
Os participantes da aventura não admitem, mas algumas testemunhas afirmam que os jipes só foram retirados depois das 2 horas da madrugada. E com o auxílio de uma retro-escavadeira, um trator de esteira D8 e uma motoniveladora. Pois é... jipeiro habilidoso é assim mesmo.

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